quinta-feira, 16 de maio de 2013

Carta de adeus

Querido,

Eu não te amei como deveria. Fato é que não sabia que te amava e quando fui dando por mim, você se foi. Se foi porque eu fui arrogante, como muitas vezes tenho sido. Fiquei na minha defensiva de pretensa feminista pós-moderna que, no fundo, no fundo, acaba sempre seguindo as velhas vozes femininas estúpidas. Eu não fui eu, e, na verdade, fui. Fui o pior de mim que é possível. 

Perdoe-me por não ter sido mais leve, mais sentimentos e menos opiniões, menos pontos de vista a serem defendidos com unhas e dentes! 

Você trouxe festa, dança, brigadeiro, anos a mais aos meus dias, e sou-lhe grata por isso, por ter existido na minha vida, mesmo que por frações de existências. É melhor assim. Segue em paz, que eu seguirei em paz. Seja feliz com ela, com eles, que eu serei feliz.

Obrigada.