sábado, 18 de abril de 2015

Eu não nomeei o nosso amor
- que era suave, úmido e macio -,
Mas eu o quis todos os dias.
Desejei entender você,
Saber você.
E juntas vivemos no espaço etéreo dos sonhos.

Eu não nomeei o nosso amor,
Mas me imaginei lendo Dickinson na cama para você.
E nós nos encantaríamos
Com aqueles poemas simples e belos
E sorriríamos uma pra outra
E eu sentiria o cheiro do seu cabelo
Que cairia sobre o meu rosto.

Eu não nomeei o nosso amor,
Não dei garantias
Contra afogamento,
Apenas a convidei para o mar.
Você, feito criança,
Pôs o pé e voltou correndo
Para a areia mais firme,
Para longe de mim,
Deixando a poesia, que trouxe, comigo.