Eu não sou jovem,
Não sou.
Eu não faço poemas cheios de enjambements,
Não faço.
Meus poemas são bolo de cenoura com chocolate
- poeta mulherzinha que sou.
São a boca com cheiro de hortelã e de feijão.
“Filósofa das panelas!”, entitulo-me.
Faço quase tudo sempre igual,
Na repetição de quem não aprende nunca.
E nesse ínterim, eu amo.
Cada um que construa a casa que pode.
Transformador, às vezes, é terreno firme para
bem-te-vi
Instalar seu ninho.
O coração do outro é terra em que ninguém anda
Eu ando
e faço morada: Eu amo,
Amo.
Três rabinhos peludinhos
muito bem empinadinhos
seguem sua mãe
os gatinhos
felizes.