domingo, 25 de setembro de 2016

Sentiu todas as emoções em um só dia.

Ao acordar, estava dormente. Abriu a janela, arrumou a cama, esticou o lençol florido.

Não sabia se era o sol, aquela luz que aquece os dias úmidos logo após uma noite de chuva, mas sentia-se alegre, com um bom ânimo, de um jeito que não costuma se sentir 'gratuitamente'. Sim, a alegria era de graça, uma beatitude só.

Limpou, lavou, varreu. No meio da tarde veio uma preocupação, uma ideia má que insistia em envenenar-lhe o coração. Sentiu-se ansiosa e triste, mas continuou com os afazeres. O pensamento maligno se foi.

Arrumando as dezenas de livros, organizando-os por temas e ouvindo música, sentiu-se novamente bem disposta. Teve vontade de fazer uma invertida, mas não o fez. Continuou tirando o pó dos livros e lendo antigas dedicatórias, promessas e desejos de amor. O estado de ânimo agora era criativo, mil ideias belas brotavam e sentia-se nostálgica, mas feliz ao mesmo tempo. A felicidade era de uma sabedoria.
 (02/09/2016)